O juiz Michael Obus impôs outras condições para soltar o ex-diretor do FMI: uma caução de US$ 5 milhões, da entrega de todos os documentos de viagem e da permanência em prisão domiciliar.
Strauss-Kahn carregará uma pulseira eletrônica, será monitorado em um apartamento de Manhattan 24 horas por dia, sete dias por semana, por equipamento de vigilância de vídeo, e terá pelo menos um guarda armado acompanhando-o a todo o momento, acrescentou o juiz.
Inicialmente, ele seria colocado em prisão domiciliar em um apartamento no East Side, mas depois que o endereço vazou para a imprensa e o edifício foi cercado pela mídia e houve reclamações de vizinhos, o juiz decidiu mandá-lo para um lugar "mais seguro" no centro de Manhattan.
Diretor do FMI é preso nos EUA acusado de abuso sexual
Foto 14 de 20 - 19.mai.2011 Imagem mostra a ficha de identificação do francês Dominique Strauss-Kahn no Departamento de Polícia de Nova York. O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, renunciou a seu cargo nessa quarta-feira (18), após ter sido acusado de tentar violentar uma camareira em Nova York, onde segue preso Mais Reuters
"Na quarta-feira, um grande júri estudou as provas proporcionadas pela promotoria e determinou que eram suficientes para denunciá-lo e levá-lo a julgamento", disse Vance, após a audiência em um tribunal de Manhattan que lhe concedeu a liberdade sob fiança.
Vance destacou que a denúncia inclui acusações de tentativa de estupro, cárcere privado e manipulação não consentida, entre outras. "São acusações extremamente sérias." Se for condenado por todas as acusações, Strauss-Kahn pode pegar até 74 anos de prisão.
O ex-diretor do FMI se apresentará de novo à Justiça de Nova York em 6 de junho, para uma audiência na qual poderá se declarar inocente das acusações. A promotoria e a defesa terão cerca de duas semanas e meia para trabalhar em suas respectivas alegações antes da próxima apresentação.
"É um grande alívio", disse o advogado William Taylor sobre a libertação de Strauss-Kahn. A situação "agora é muito melhor do que quando começamos". Na audiência estiveram presentes a mulher de Strauss-Kahn, Anne Sinclair, e sua filha Camille, que chorou.
Strauss-Kahn renunciou na véspera ao cargo de diretor-gerente do FMI, mas reafirmou que não atacou sexualmente uma funcionária de um hotel de Nova York. "É com infinita tristeza que hoje me sinto obrigado a apresentar ao Conselho Administrativo minha renúncia ao posto de diretor-gerente do FMI". "Quero dizer que nego, com a maior firmeza possível, todas as acusações que me fizeram", destacou Strauss-Kahn na prisão de Rikers Island.
A suposta vítima, uma camareira, testemunhou na quarta-feira a um grande júri sobre o ataque do sábado passado. Segundo ela, a agressão sexual aconteceu quando entrou no quarto de Strauss-Kahn no luxuoso hotel Sofitel. A defesa de Strauss-Kahn deve alegar que a camareira consentiu com a relação sexual.
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