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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Humorista Shaolin não amputará o braço e quadro clínico evolui

Shaolin. Foto: Reprodução/Twitter

Shaolin apresenta melhoras em seu quadro clínico
Foto: Reprodução/Twitter
Em entrevista ao jornal Fala Brasil, da Record, Laudicéia Veloso, mulher do humorista Francisco Josenilton Veloso, conhecido por Shaolin, disse que o marido permanece internado, mas já apresenta sinais de melhora.
Segundo ela, alguns sinais de reflexo já foram observados pelos médicos que cuidam do paciente, que tem quadro clínico estável, dentro de sua gravidade. Laudicéia disse que ela e os médicos estão bastante esperançosos na recuperação do comediante e que ele saia logo do estado de coma.
Além disso, a reportagem do Fala Brasil disse que a intervenção médica conseguiu evitar a necessidade da amputação do braço esquerdo de Shaolin.
Em entrevista ao Hoje em Dia, da Record, o médico Luciano Holanda, responsável pela recuperação de Shaolin, disse que o humorista deu entrada no Hospital Antonio Targino, na Paraíba, em coma profundo e apresentava possibilidade de amputação do braço esquerdo.
Sua equipe o submeteu a uma cirurgia de emergência para a retirada de um coágulo na região, o que evitou a necessidade da extração do membro. Além disso, Shaolin também passou por uma cirurgia craniana.
Luciano disse que Shaolin esboçou algumas reações ao aparelho respirador, pois antes sua respiração estava sendo completamente induzida, de forma totalmete artificial. Apesar dos sinais de melhora, Luciano não amenizou a gravidade do caso. "É uma patologia ingrata. Às vezes você perde o paciente em um piscar de olhos. Teremos que observar", avisou o médico.
Além disso, o humorista também sofreu uma lesão na região do pescoço e Luciano não descarta a possibilidade de uma lesão na coluna cervical. No entanto, ele preferiu não se antecipar nos diagnósticos, pois submeterá o paciente a novos exames e cirurgias.
O acidente
Shaolin sofreu um acidente às 23h38 pelo horário local (0h38 em Brasília) de terça-feira (18) em Campina Grande, na Paraíba. Segundo informações do Hospital Regional da cidade, o artista deu entrada na unidade à 0h15 de quarta-feira (19) com traumatismo craniano.
Cerca de uma hora depois dos primeiros atendimentos, Shaolin foi transferido para o Hospital Antonio Targino, e passou por uma cirurgia que durou cerca de três horas, terminando pouco antes das 4h. Vários médicos, entre eles dois ortopedistas e um especialista vascular, integravam a equipe que fazia a cirurgia.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, o acidente envolveu um caminhão que estava vazio e o carro conduzido por Shaolin, que seguiam pela mesma via (BR-230), porém em sentidos opostos. Na altura do km 163, os veículos teriam se chocado lateralmente. O motorista do caminhão teria fugido, segundo a polícia. O humorista estaria sozinho no automóvel, que ficou bastante danificado.

Dilma precisa explicar suas convicções, diz ministro do Vaticano

Alçado repentinamente à condição de um dos principais nomes da Igreja Católica no mundo, dom João Braz de Aviz, arcebispo de Brasília, afirma que a presidente Dilma Rousseff (PT) precisa explicar melhor o que pensa a respeito de certos assuntos caros à igreja.
"Não temos uma ideia clara de quem é Dilma do ponto de vista religioso. Ela precisa explicar melhor as suas convicções religiosas para que o diálogo possa progredir."
Segundo Aviz, 63, as posições sobre o aborto que Dilma expressou durante as eleições não necessariamente representam o que acontecerá sob seu governo: "Durante a campanha é uma coisa, e na prática o caminho às vezes é outro".
No dia 4, a igreja anunciou que o papa Bento 16 nomeou dom João prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica.
Ele deve assumir o cargo, um dos nove "ministérios" da Igreja Católica, em fevereiro.
Sérgio Lima/Folhapress

Na entrevista a seguir, Aviz também comenta o crescimento das igrejas evangélicas e critica o fato de algumas denominações terem "compromisso fortíssimo com a arrecadação de dinheiro".
Folha - Qual a sua avaliação a respeito do debate sobre o aborto durante as eleições?
João Braz de Aviz Foi um pouco ruim, porque a discussão dos bispos e de pessoas leigas ligadas à igreja apareceu com a exclusão de um partido [o PT]. Ou seja, havia uma definição de posição político-partidária muito clara [a favor do PSDB], e a Igreja Católica não sustenta isso.
Do outro lado, o que está à flor da pele é que uma imensa parte da população brasileira não aceita essa enxurrada de propaganda a favor do aborto que é feita de modo impositivo. Há um movimento de legalizar o aborto e considerá-lo um direito humano, o que é uma coisa muito difícil de a gente compreender.
Portanto, a posição dos bispos até estava correta, mas o que houve de dificuldade foi identificar apenas em um partido essa posição e aproveitar esse fato para uma escolha política.
No geral, o sr. considera que as eleições correram bem?
O que se viu foi sobretudo um processo político muito maduro. O crescimento de um terceiro elemento [o PV, de Marina Silva] que não se identifica com as duas principais forças me parece muito positivo. Há um crescimento da consciência política e do diálogo democrático.
O sr. imagina que a igreja terá alguma dificuldade de diálogo com o governo Dilma?
Claro que a gente sempre espera que o diálogo seja muito bom. Mas a verdade é que não temos uma ideia clara de quem é Dilma do ponto de vista religioso. Ela precisa explicar melhor as suas convicções religiosas para que o diálogo possa progredir.
O que sabemos é que Dilma mostrou flexibilidade com relação a temas importantes para a igreja. Mas também sabemos que políticos fazem isso: durante a campanha é uma coisa, e na prática o caminho às vezes é outro.
O que o sr. espera dela com relação a isso?
Eu espero que as posições dela se aproximem das posições da igreja. Para isso, precisamos conhecer melhor o que pensa a Dilma presidente em relação a certos temas.
Não só o aborto, que teve destaque na disputa eleitoral, mas também quanto ao PNDH-3 [Plano Nacional de Direitos Humanos], que traz posições contudentíssimas para a igreja. Há aspectos muito bonitos com relação à questão social, mas temos aborto, homossexualismo, um monte de coisa que precisamos ver como vai ficar.
Eventuais diferenças não inviabilizariam o diálogo?
Para que exista um bom diálogo, é fundamental que ela diga exatamente o que pensa para podermos avançar a partir daí. O fundamental é dar ao outro a oportunidade de ser ele mesmo, para o diálogo continuar. Se a posição dela for outra, tenho direito a uma atitude diferente.
Até o momento, não sabemos como será, pois ela assumiu a posição do ex-presidente Lula, que é impossível moralmente. Ele diz que tem uma posição pessoal como homem de fé e outra como presidente, como homem de Estado. Ora, a gente tem apenas uma moral, e não duas.
Muitas igrejas têm bancada no Congresso. Qual sua opinião sobre a separação entre religião e política e a possibilidade de mistura entre os dois campos?
A separação entre igreja e Estado foi uma conquista e representa uma grande vantagem democrática em relação ao passado, quando havia a imposição da religião sobre o Estado.
O problema é que muitas vezes não fica claro se estão usando a afirmação do caráter laico do Estado para dizer que ele é ateu e que o cidadão religioso não tem lugar na discussão política. Aí já é complicado, porque é preciso haver liberdade religiosa e respeito a essas posições.
Esse equilíbrio é que ainda não apareceu, e o debate acaba sendo recheado por posições já tomadas de antemão.
Mas não podemos considerar que a experiência religiosa esteja reduzida apenas à dimensão da consciência ou à dimensão pessoal, como se não tivesse nenhuma função social. Por isso é que a Igreja Católica está recuperando a atenção à política.
Como o sr. vê o forte crescimento das igrejas evangélicas, em especial entre as classes mais baixas?
Muitos desses movimentos religiosos mais modernos não exprimem uma fidelidade à doutrina do Evangelho como ela é --escolhem apenas partes e, às vezes, assumem compromissos com coisas que não são corretas. Por exemplo, há igrejas que têm compromisso fortíssimo com a arrecadação de dinheiro.
Por que essas igrejas têm tido mais êxito entre os pobres do que a Igreja Católica?
Não sei dizer uma razão particular. Sei que, hoje, essas igrejas usam os meios de comunicação de maneira muito forte, com motivações psicológicas... Isso tem uma força sobre as pessoas, que têm uma dimensão religiosa grande no coração.
Mas a Igreja Católica não segue essa estrada. Há muito de proselitismo por trás [de outras igrejas], não só de verdade. E nosso caminho [da Igreja Católica] não é o proselitismo, é o testemunho.
O sr. poderia citar alguma em particular?
Prefiro não citar nenhuma. O importante é mencionar o fenômeno. As pessoas sabem que isso existe.

Eliminação de Ariadna expõe crise precoce no BBB11

A eliminação de Ariadna, com grande rejeição, acendeu o sinal amarelo no BBB e levou Pedro Bial a cobrar mais "entrega"  dos demais candidatos e criticar os que se escondem "embaixo do tapete"
A eliminação de Ariadna, com grande rejeição, acendeu o sinal amarelo no BBB e levou Pedro Bial a cobrar mais "entrega" dos demais candidatos e criticar os que se escondem "embaixo do tapete"


Com a eliminação de Ariadna decidida desde os primeiros momentos da votação, ainda no domingo, a edição desta terça-feira do BBB11 expôs abertamente o desapontamento da direção com os 17 candidatos escolhidos a dedo e os rumos do programa até o momento.

Num sinal evidente que era carta fora do baralho, Ariadna foi homenageada, muito antes de a votação terminar, com um clipe de quase quatro minutos – uma regalia não oferecida aos outros dois rivais de paredão, Lucival e Janaína.

O longo VT para Ariadna substituiu o tradicional discurso poético de Pedro Bial. Na hora solene da eliminação, o apresentador foi escalado para outra, e mais necessária, função: tentar dar “uma sacudida forte” em seus “heróis”.

Bial disse várias palavras duras. Afirmou que eles precisam ser “honestos” e parar de se esconder “debaixo do tapete”. Pediu “descontrole” e “entrega” aos candidatos. Cobrou “reinvenção” deles. Implorou que “mostrem a sua fragilidade”.  Reclamou que eles “ficam falando de papai e mamãe” e de outros BBBs. E cobrou: “Cadê minha moleca? Cadê meu garoto?”

Em outras palavras, o discurso de Bial deixou clara a preocupação com a chatice do programa. Chatice agravada, é claro, pela eliminação de Ariadna.

“Um dos sonhos mais loucos, mais ousados que o BBB já abrigou”, segundo Bial, Ariadna dançou, na minha opinião, por três motivos: o conservadorismo do público, a hesitação da própria candidata em revelar sua situação e a expectativa de quem a selecionou que ela protagonizasse um momento romântico ou sensual com algum homem na casa.

Era fácil imaginar que, uma vez indicada para o paredão, Ariadna dificilmente escaparia da eliminação. O público deste programa, e de outros do gênero, costuma ter um perfil mais conservador, pouco favorável a uma pessoa com o jeito da candidata – transexual e garota de programa, além de pouco carismática, como demonstrou ser.

Eliminada com 49% dos votos, Ariadna teria enfrentado uma rejeição do público possivelmente ainda maior se tivesse revelado abertamente ao grupo a sua condição. Desconfio, porém, que essa revelação teria sido a senha para prolongar a sua estadia no confinamento. Creio que os demais candidatos ficariam constrangidos de indicar ou votar em Ariadna se ela tivesse exposto mais claramente a sua situação de vida.

Cristiano deixou isso claro na madrugada de terça-feira, ao dizer para Ariadna que a escolheu para o paredão porque a sua outra opção seria Daniel, gay assumido. Como Lucival, o outro gay da casa, já havia sido indicado, Cristiano temeu que o voto em Daniel caracterizasse ”preconceito”. Imagine se ele soubesse da situação de Ariadna. 

Suspeito, porém, que a candidata, antes do início do programa, tenha sido incentivada a não falar, ao menos nos primeiros momentos do BBB11, de sua condição de transexual. Questionado no Twitter se proibiu Ariadna de revelar seu segredo, o diretor Boninho disse, no último dia 9: “olha só, ela vai, ou disse pra gente, que não vai falar. Vai ser engraçado alguém pegar a moça que não é... rsrsrs”